quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Insegurança

 Todo dia eu olho pra mim e vejo aquilo que posso melhorar, porque existem coisas que fucionam e que vão bem e existem outras que nem tanto.
Essas que não vão tão bem quanto eu gostaria são reflexos de coisas que devo melhorar para que consequentemente melhore a minha vida. Descobri  o quanto sou insegura, o quanto depositei minha vida nas mãos de terceiros e hoje pago e paguei um preço alto por isso, mas porque fiz isso? Por vários motivos, minha mãe me abandonou quando eu tinha 11 meses e acabei por me deixar ser uma fotografia daquele momento. Mas nao é tão simples de encontrarmos lá dentro o que nos perturba, é um trabalho constante mas gratificante porque significa que Deus criou você para você então nós temos o poder de mudar nossas vidas, ainda bem!!! Já pensou se isso estivesse nas mãos dos outros?
A insegurança nao está ligada a nada nem a dinheiro algum, ela somente pode estar ligada à você, ou seja, você só pode depender e contar com você mesmo e mais nada .
Porque na hora do pior você saberá que tem a você e que você dá conta do recado, que é poderoso e que se for preciso fazer qualquer coisa para mudar uma situaçao e dar uma reviravolta você o fará.
Então não se apóie em nada nem em dinheiro algum, nem em pessoa alguma porque tudo vem e vai e a vida nunca vai ser uma constante, não se iluda... As mudanças são sempre necessárias para que você cresça. A vida está e estará sempre trabalhando à seu favor mesmo que você esteja passando pelo pior acredite, é um jeito de te ajudar.
Seja inteligente e observe para que não tenha que passar pelas mesmas coisas sempre.
No seu pior, dê o seu melhor.

Um grande abraço.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como se auto conhecer

Essa é a primeira pergunta de qualquer caminho espiritual, a única maneira de fazer isso é olhar com muita atençao não o mundo externo mas o mundo dentro de nós. Vamos espreitar nossas emoções, nossos sentimentos, nossos movimentos, vamos espreitar nossos pensamentos quando eles entram e saem da nossa mente.
Você sabe que o nivel de stress  é medido na medicina moderna através da quantidade de batimentos do nosso coração? Quantas vezes ele bate ritimado e outras perde o ritimo e acelera? Você sabe que quando o coração acelera surge um freio para que ele possa se acalmar? E assim vamos nessas aceleradas e freadas, sendo jogados pela vida.
Mas podemos olhar para isso e tomar a direção e sermos pró ativos e positivos.
Reclamamos como se tivéssemos cegos à maravilha de estarmos vivos e perdemos a conexão com Deus. Traga você para seu centro para que assim possa se conhecer melhor, para melhorar sua qualidade de vida e ser mais feliz nessa vida.
Então respire profundamente, entre em contato com seu coração que te mantém vivo, agora esvazie sua mente de qualquer problema e sinta a vida como uma criança e viva como um apaixonado.
Quem sabe você possa responder melhor a esse pergunta: quem é você?
Meditar nao é escalar montanhas e viver às margens de um rio cristalino enquanto pássaros cantam à sua volta, meditar é descer da montanha, entrar no mundo do caos, da aflições para que possamos transformá-las em algo bom.
Existe um antigo provérbio que diz: "Mares serenos não fazem bons marinheiros".
Meditar, orar , nos conectam com energias superiores do amor e da generosidade, comunhão e compartilhamento. Essa é a verdadeira razão para estarmos aqui.
Viemos a esse mundo para criarmos uma mudança positiva dentro de nós e no universo ao nosso redor.
Compartilhe tudo que está nas suas mãos nesse momento. Faça a conexão consigo mesmo, faça a conexão como o outro.
Na hora da sua morte é essa lembrança e essa sabedoria que estarão presentes.
Então viva feliz, faça o seu melhor nesse momento, só você pode saber o que é feito com o tempo que lhe é dado, não desperdice, não jogue fora , não se distraia com o que nao é importante para o seu espirito.
Lembre-se que o que é importante pra você, nem sempre é para o outro. Somos diferentes, a natureza nos criou diferentes, então as necessidades são diferentes, cada um possui as suas necessidades e seus dons.
Nao faça da sua vida uma perda, não sofra com o que já passou nem com o que virá, simplesmente observe cada momento agora. O seu passado interfere no seu presente e o seu presente irá interferir no seu futuro.
Pare e olhe, respire e acima de tudo OBSERVE SUA VIDA. O que suas atitudes estão lhe trazendo? Isso é usar a inteligência.
Ignorância é opção, opte por usufruir de sua inteligência, todos nós a temos.
Faça agora o seu melhor e não terá que se preocupar com o amanhã.

Um bom dia a todos.

Um pouco da história de onde vivo hoje. E que a imagem de Nossa Senhora D´ajuda possa tocar seus corações!!!

Senhora d‘Ajuda:
Muito além de Portugal
Maria José de Deus
Tudo começou com a pequena imagem de
Nossa Senhora trazida pelo explorador Tomé de Souza
e os primeiros jesuítas que aqui chegaram

Imagem de Nossa Senhora d'Ajuda
Grande parte das devoções surgidas no século XVI em Portugal, principalmente em homenagem à Nossa Senhora, chegaram às colônias com as expedições marítimas.
A coroa portuguesa organizava festejos e celebrações com o fim de abençoar a saída de militares e marinheiros que iriam enfrentar o desconhecido em mar aberto, principalmente o Atlântico. Essas incursões tinham o objetivo de expandir o império com domínio de novas terras, explorar o comércio de especiarias no Oriente e levar o cristianismo aos povos considerados infiéis. As caravelas e naus até traziam nas velas a Cruz de Copta, símbolo da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, destemidos defensores do cristianismo desde a Idade Média.
Esse envolvimento religioso, que tomava conta do povo português, continuou fazendo parte do universo de colonizadores e colonizados durante séculos, chegando até os dias atuais, principalmente no Brasil. Perpetuaram, por exemplo, as invocações de origem portuguesa à Nossa Senhora da Boa Esperança, do Amparo, da Boa Viagem e da Ajuda dos navegantes, entre dezenas de outras. Essas estão particularmente relacionadas às longas e perigosas travessias marítimas, durante as quais navegadores e marinheiros apelavam à Virgem Maria com medo do desconhecido, de tempestades, corsários e piratas.
No caso de Nossa Senhora da Ajuda, o título tem a ver principalmente com o momento da morte de Cristo na cruz. Enquanto ele oferecia sua vida pelos homens, Nossa Senhora colocava-se como “da ajuda” e intercessora dos pecadores.

Arrail d'Ajuda
Invocação no Brasil
Sua história começa na Bahia, mais precisamente no Arraial da Ajuda, em 1549 com a chegada de Tomé de Souza, governador-geral do Brasil, e dos cincos primeiros jesuítas, entre eles o padre Manuel da Nóbrega, que desembarcaram das naus Conceição, Salvador e Ajuda, cujos nomes deram mais tarde origem a cidades e igrejas no Estado baiano.
Soldados e marinheiros tinham o costume de invocar Nossa Senhora da Ajuda na ermida da praia do Restelo, em Lisboa, antes de embarcar, onde sua imagem havia sido encontrada milagrosamente. Várias naus lusas foram colocadas sob sua proteção. Ao ancorar na Costa do Descobrimento, em 1549, Tomé de Souza também trazia com a frota uma delicada imagem de cerca de 30 centímetros.
Foi assim que, em homenagem ao navegador, os jesuítas deram início, em 1550, ao erguimento do Arraial, construindo uma pequena capela de paus, ramos e coberta de folhas de palmeira. Antes, no local, só havia um planalto, onde se plantava cana-de-açúcar.
Mais de um século depois, a igreja, que chegou a abrigar a Sé da Bahia, passou por um processo de reconstrução em que foram aproveitados os altares e colunas, assim como o púlpito e o confessionário.
Arraial d‘Ajuda
Descoberto na década de 70 e, hoje, um dos locais mais visitados por turistas, o Arraial está localizado na região do descobrimento, a alguns quilômetros antes de Porto Seguro e da praia da Coroa Vermelha, no município de Santa Cruz de Cabrália, onde se lembra a primeira missa rezada no Brasil.
Além dos índios tupiniquins, na época do descobrimento, e, atualmente, dos pataxós, o Arraial recebeu influências culturais de portugueses, negros, franceses, holandeses, ingleses e espanhóis, e do ciclo da cana-de-açúcar e do cacau.
FONTE MILAGROSA
Conforme informações históricas, logo que padre Manuel da Nóbrega colocou a imagem trazida por Tomé de Souza no altar, começaram os milagres. O que mais chamou a atenção foi o da fonte sagrada. Durante a construção de uma segunda casa, os padres jesuítas escavavam o solo com muita dificuldade, em busca de água sem nada encontrar. Então dirigiram preces à Virgem Maria, pedindo sua ajuda. Vários autores relatam o fato, entre eles Anchieta: “Um sussurro brando de água jorrou milagrosamente de uma fonte, fora do frontispício da igreja, ao pé de uma frondosa árvore, quando o padre Francisco Pires celebrava a missa”.
A notícia divulgada pelos jesuítas espalhou-se por todas as capitanias, influenciando a peregrinação de centenas de pessoas. O próprio padre José Anchieta, antes de partir da Bahia rumo à Capitania de São Vicente e às terras de Piratininga, atestou o poder de cura do líquido, registrando que muitos romeiros iam buscar a água para terem saúde.
Festa da Padroeira
A imagem milagrosa trazida por Tomé de Souza encontra-se atualmente no altar na parte superior deste templo do século XVI, que se transformou no mais antigo santuário mariano do Brasil, sob responsabilidade dos Missionários Redentoristas. Romeiros do Estado da Bahia e do interior de Minas Gerais continuam vindo anualmente, inclusive fazendo visitas à Fonte Sagrada (ver quadro), que se localiza a alguns metros do santuário.
“Essa religiosidade popular, desde o início da evangelização no País, teve importância para o povo e para a Igreja”, reconhece o padre Carlos Kaminski, reitor do Santuário de Nossa Senhora d`Ajuda. Segundo ele, é dessa forma que os fiéis expressam sua relação com Deus, com a natureza e o ambiente em que vivem. A Igreja sempre tenta respeitar o sentimento do povo, que por meio dessas devoções identifica sua vida com a de Cristo e Nossa Senhora.
Todos os anos, os padres Kaminski e Rosivaldo Mota organizam a festa em homenagem à padroeira do Arraial, por ocasião da Assunção da Virgem Maria. Romeiros, nativos, turistas e, principalmente, indígenas participam de todos os festejos que começam no dia 6 de agosto com a novena.
Depois acontece a alvorada, uma antiga tradição do lugar, cuja finalidade é anunciar a festa, despertando os fiéis, ao amanhecer, com repique de sinos, fogos e procissão de velas. No dia 15, são celebradas várias missas festivas e, às 15 horas, centenas e centenas de pessoas seguem a procissão pelas principais ruas do Arraial. Com cantos e orações alegres, padres, comunidade e romeiros acompanham outra imagem do século XVIII, que lembra Nossa Senhora do Amparo.
Tanto a imagem original que permanece na igreja como esta que sai em cortejo representam a Virgem Maria de pé com o Menino Jesus no braço esquerdo, cetro na mão direita e ambos coroados. A última missa é de despedida dos romeiros e acontece no final do dia, quando sol se põe.